Um olhar provocativo sobre como viajar para Santa Catarina pode revelar hábitos, escolhas automáticas e a chance de transformar o modo como vivemos — muito além das “férias de sempre”.
O discurso é conhecido: “estou exausto, quero descanso, quero paz.”
Mas quando chega o verão, a maioria faz exatamente o contrário do que afirma desejar. Se empurra para o tumulto, para o calor extremo, para a briga por um pedaço de sombra e para os deslocamentos intermináveis no trânsito. Depois volta para casa dizendo que está ainda mais cansado — e já começa a planejar repetir tudo no ano seguinte.
Esse é o ponto central: chamam isso de “férias”, mas vivem um roteiro que produz o oposto do que dizem buscar. É a fantasia do descanso sobreposta a um comportamento automatizado, quase inconsciente. Uma fuga camuflada de descanso verdadeiro.

Reclama do trânsito, do calor e da praia lotada… mas volta todo ano. Como explicar?
O paradoxo é gritante.
As pessoas reclamam dos congestionamentos, das filas de restaurante, da areia superlotada, do barulho incessante e da disputa por qualquer metro quadrado de espaço. Reclamam da falta de descanso, da exaustão emocional, do caos generalizado.
Mas quando chega o próximo verão… voltam exatamente para o mesmo lugar, nos mesmos horários, com as mesmas queixas.
Isso não é férias — é condicionamento. É hábito social travestido de escolha. É seguir a manada porque “todo mundo vai”, porque “é assim no verão”, porque “é o que se faz”.
E aqui está a contradição: querem paz, mas escolhem o tumulto. Querem descanso, mas se deslocam para ambientes que consomem energia. Querem silêncio, mas se expõem ao ruído. Querem fuga, mas fogem para o lugar errado.
Férias ou fuga automática? Por que seguimos destinos saturados mesmo cansados?
Existe um ponto-chave:
a maioria não escolhe férias pelos próprios desejos — escolhe pelos desejos coletivos, pelo roteiro social repetido, pela validação externa do que “parece certo”.
Isso é fuga automática, não decisão consciente.
É o piloto automático do comportamento humano, aquele que repete padrões mesmo quando eles produzem desconforto. E quem vive nesse ciclo não percebe que está abrindo mão justamente do que afirma precisar: descanso mental, espaço, presença, tempo, natureza, silêncio, respiro.
E enquanto o litoral ferve — literalmente e metaforicamente — quem deseja uma experiência real de descanso poderia, com um mínimo de reprogramação de pensamento, romper o padrão e explorar destinos onde o verão ganha outra camada: sombra verdadeira, ar fresco, água fria de rio, trilhas que respiram, horizonte amplo sem barulho, sem correria, sem multidões.

Convite à reprogramação: o verão na Serra é tudo o que dizem buscar — mas nunca escolhem
Se o discurso é “quero paz”, existe um lugar onde isso não é promessa: é cotidiano.
A Serra Catarinense, especialmente entre primavera e verão, entrega exatamente aquilo que dizem desejar, mas raramente escolhem: clima fresco, dias longos, natureza vibrante, silêncio real e liberdade de circular sem caos, sem filas, sem disputa.
É contraditório ignorar isso para repetir o caos de sempre.

Sombra e água fresca de verdade: um convite direto
Se a ideia é viver realmente o que se chama de descanso, aqui está a rota mais coerente:
rios refrescantes para banho, cachoeiras que renovam, cavalgadas em campos silenciosos, roteiros de quadriciclo em meio à natureza e, no final da tarde, aquela sombra tranquila que antecede um piquenique ao pôr do sol.
E o melhor: a Cantos e Encantos cuida de toda a roteirização, transformando esse descanso em experiência concreta, fluida e sem esforço — o oposto do caos repetitivo do litoral.
Para fechar
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